quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Agradecimento

Galera, agradecemos a visita e aos seguidores !
Espero que gostem do blog, pois nos esforçamos para que ficasse assim...
Obrigada.

Rock Blues Guitar Solo

Blues

Blues é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.
O blues tem exercido grande influência na música popular ocidental, definindo e influenciando o surgimento da maioria dos estilos musicais como o jazz, rhythm and blues, rock and roll e música country, além de ska-rocksteady, soul music e influenciando também na música pop convencional e até na música clássica moderna.

Muddy Waters


Muddy Waters (4 de abril de 1915 - Condado de Issaquena, Mississippi30 de abril de 1983 - Westmont, Illinois) foi um músico de blues norte-americano, considerado o pai do Chicago blues. Atribui-se a Muddy Waters a idéia de invenção da Guitarra Elétrica. Seu nome completo de batismo é McKinley Morganfield.

Biografia:

O nome artístico (em português, Águas Lamacentas) ele ganhou devido ao costume de quando criança brincar em um rio. Ele mudaria-se mais tarde para Chicago, Illinois, onde trocou o violão pela guitarra elétrica. Sua popularidade começou a crescer entre os músicos negros, e isso o permitiu passar a se apresentar em clubes de grande movimento. A técnica de Waters é fortemente característica devido a seu uso da braçadeira na guitarra. Suas primeiras gravações pela Chess Records apresentavam Waters na guitarra e nos vocais apoiado por um violoncelo. Posteriormente, ele adicionaria uma seção rítmica e a gaita de Little Walter, inventando a formação clássica de Chicago blues.
Com sua voz profunda, rica, uma personalidade carismática e o apoio de excelentes músicos, Waters rapidamente tornou-se a figura mais famosa do Chicago Blues. Até mesmo B. B. King referiria-se a ele mais tarde como o "Chefe de Chicago". Suas bandas eram um "quem é quem" dos músicos de Chicago blues: Little Walter, Big Walter Horton, James Cotton, Junior Wells, Willie Dixon, Otis Spann, Pinetop Perkins, Buddy Guy, e daí em diante.
As gravações de Waters do final dos anos 1950 e começo dos 60 foram particularmente suas melhores. Muitas das canções tocadas por ele tornaram-se sucesso: "I’ve Got My Mojo Working", "Hoochie Coochie Man", "She’s Nineteen Years Old" e "Rolling and Tumbling", grandes clássicos que ganhariam versões de várias bandas dos estilos mais diversos.
Sua influência foi enorme em muitos gêneros musicais: blues, rhythm and blues, rock, folk, country. Foi Waters quem ajudou Chuck Berry a conseguir seu primeiro contrato.
Suas turnês pela Inglaterra no começo dos anos 1960 marcaram provavelmente a primeira vez que uma banda pesada, amplificada, se apresentou por ali (certo crítico sentiu-se obrigado a sair de um show para escrever sua análise por achar que a banda tocava muito alto). As canções de Waters inclusive exerceram grande influência nas bandas britânicas. O Rolling Stones tirou seu nome de "Rollin’ Stone", de 1950, mais conhecida como "Catfish Blues". Um dos maiores sucessos do Led Zeppelin, "Whole Lotta Love", foi baseado em "You Need Love", composta por Willie Dixon . Foi Dixon quem compôs algumas das canções mais conhecidas de Muddy Waters, como "I Just Want to Make Love to You", "Hoochie Coochie Man" e "I’m Ready".
Entre outras canções com as quais Waters tornou-se conhecido estão "Long Distance Call", "Mannish Boy" e o hino do rock/blues "I’ve Got My Mojo Working".

Funk

Funk (também conhecido como soul funk ou funk de raíz) é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido a partir de meados dos anos 1960 por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo Parker e Melvin Parker, a partir de uma mistura de soul music, soul jazz, rock psicodélico e R&B.
O funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo sincopado, pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou os Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante. Nos anos 70 o funk foi influência para músicos de jazz (como exemplos, as músicas de Miles Davis, Herbie Hancock, George Duke, Eddie Harris entre outros).

James Brown



James Joseph Brown (originalmente James Joseph Brown Jr.), ou simplesmente James Brown (Barnwell, 3 de Maio de 1933Atlanta, 25 de Dezembro de 2006) foi um cantor, compositor e produtor musical norte-americano reconhecido como uma das figuras mais influentes do século XX na música.Que já vendeu pouco mais que 100 milhões de albuns.
Como um prolífico cantor, compositor, dançarino e bandleader, Brown foi uma força fundamental na indústria da música. Deixou sua marca em diversos artistas ao redor do mundo, influenciando até mesmo os ritmos da música popular africana, como o afrobeat, juju e mbalax, e forneceu o modelo para todo um subgênero do funk, o go-go.
Brown começou sua carreira profissional em 1956 e fez fama no fim da década de 1950 e começo da década de 1960 com a força de suas apresentações ao vivo e várias canções de sucesso. Apesar de vários problemas pessoais, continuou fazendo sucesso durante os anos 80. Além de sucesso como músico, Brown também teve presença nas questões políticas dos Estados Unidos durante os anos 60 e 70.
Brown foi conhecido por inúmeros apelidos, incluindo Soul Brother Number One, Sex Machine, Mr. Dynamite, The Hardest Working Man in Show Business, The King of Funk, Minister of The New New Super Heavy Funk, Mr. Please Please Please Please Her, I Feel Good, The Original Disco Man[3] e principalmente The Godfather of Soul ("O Padrinho do Soul"). No livro "Sweet Soul Music" de Arthur Conley, ele é descrito como King of Soul ("Rei do Soul").

Infância:

James Brown, cujos pais eram Susie Behlings e Joseph ("Joe") James Gardner (que mudou seu nome para Brown pois Mattie Brown o criou) na pequena cidade de Elko (Carolina do Sul) durante a Grande Depressão. Brown, que teria o nome do pai, acrecido de "Jr.", foi incorretamente registrado como James Joseph Brown, Jr. Quando criança, Brown era chamado de Junior. Quando mais tarde foi viver com a tia e um primo, ele passou a ser chamado de Little Junior pois seu primo também era chamado de Junior.
Brown e sua família viviam em extrema pobreza. Quando Brown tinha dois anos de idade, seus pais se separaram depois que sua mãe deixou seu pai para ficar com outro homem. Depois que a mãe abandonou a família, Brown continuou a vier com seu pai até a idade de seis anos. Depois desse período, Brown e seu pai se mudaram para Augusta (Geórgia).
Seu pai entregou Brown para uma tia, que administrava uma casa de prostituição. Embora Brown vivesse com parentes, passou longos períodos a própria sorte, perambulando pelas ruas.
Durante sua infância, Brown ganhava dinheiro engraxando sapatos, vendendo e trocando selos, lavando carros e louças além de cantar em concursos de talentos. Brown também fez shows para as tropas de Camp Gordon no começo da Segunda Guerra Mundial pois os comboios viajavam por uma ponte próxima à casa de sua tia. E assim, ganhando dinheiro nestas aventuras, Brown aprendeu a tocar gaita dada ele por seu pai. Tampa Red, famoso músico americano e que estava namorando uma das meninas da casa de sua tia, ensinou Brown a tocar guitarra; além disso, aprendeu com outros músicos a tocar piano e bateria. Brown quis se tornar artista após assistir Louis Jordan, um popular músico de jazz e R&B, se apresentado nos anos 40 com sua banda Tympany Five em um curta chamado "Caldonia".
Quando adulto, Brown mudou legalmente seu nome, removendo o "Jr.". Brown começou a praticar crimes em Augusta e na idade de 16 anos foi condenado por assalto a mão armada e enviado para um centro de detenção juvenil em Toccoa em 1949.
Enquanto estava na escola reformatória, conheceu Bobby Byrd, que viu Brown se apresentar na prisão. A família de Byrd ajudou em sua soltura antecipada após cumprir três anos de sua sentença. As autoridades concordaram em soltar Brown com a condição que ele conseguiria um emprego e não retornaria a Augusta ou Richmond County. Após tentar o boxe e ser arremessador em um time semi-profissional de beisebol (uma carreira interrompida por uma lesão na perna), Brown focou toda sua energia na música.

Carreira:

A carreira de Brown atravessou décadas e influenciou profundamente o desenvolvimento de diferentes gêneros musicais. Brown se apresentou em concertos, primeiro na região Sul dos EUA, depois por toda a América e então pelo mundo todo, além de se apresentar em shows de televisão e filmes. Embora tenha contribuído com o mundo musical por seus vários sucessos, Brown tem o título de artista que mais colocou singles nas paradas da Billboard Hot 100 sem nunca atingir o número um desta parada.

Repertório e formato

As apresentações de James Brown eram famosas pela intensidade e duração. Seu objetivo pessoal era "dar as pessoas mais do que elas vieram buscar — fazê-las cansar, porque é para isso que elas vieram.'" O repertório dos shows consistia em sua maioria de seus próprios sucessos e canções mais recentes, com algumas covers. Brown dançava vigorosamenteenquanto cantava, fazendo passos de dança, entre eles o famoso Mashed Potato. Além disso, os músicos e cantores de apoio (The Famous Flames) apresentavam danças coreografadas, e nas últimas apresentações, a turnê incluía dançarinos. Brown exibia roupas extravagantes e cabelos perfeitamente cortados que completavam o visual.
Um concerto de James Brown tipicamente incluíam artistas convidados como Vicki Anderson ou Marva Whitney, e uma faixa instrumental apenas com a banda, que muitas vezes servia como abertura para o show. Embora Brown tenha lançado muito álbuns ao vivo, o álbum Say It Live & Loud: Live in Dallas 08.26.68, lançado pela Polydor em 1998, foi o único que captou um show do começo ao fim.

Vida pessoal

No fim de sua vida, James Brown vivia em Beech Island, Carolina do Sul. James Brown foi diagnosticado com diabetes no estágio inicial de sua vida. Brown foi também diagnosticado com câncer de próstata, que foi tratado cirurgicamente com sucesso. Apesar de sua saúde, Brown mantinha sua reputação como o "homem que mais trabalhava no show business" mantendo-se com sua agenda esgotante.

Casamentos e crianças

Brown foi casado quatro vezes — Velma Warren (19 de Junho de 1953–1969, divórcio), Deidre "Deedee" Jenkins (22 de Outubro de 1970–10 de Janeiro de 1981, divórcio), Adrienne Lois Rodriguez (nascida em 9 de Março de 1950) (1984–6 de Janeiro de 1996, morte da esposa) e Tomi Rae Hynie (Dezembro de 2001–2006, sua morte). Destes e outros relacionamentos, James Brown teve cinco filhos  — Teddy Brown (1954-1973), Terry Brown e Larry Brown, Daryl Brown (membro da banda) e James Joseph Brown III, e mais quatro filhas — Lisa Brown, Dr. Yamma Noyola Brown Lumar, Deanna Brown Thomas e Venisha Brown. Brown também tinha oito netos e quatro bisnetos. O filho mais velho de Brown, Teddy morreu em um acidente de carro em 14 de Junho de 1973.
De acordo com um artigo de 22 de Agosto de 2007 publicado pelo jornal britânico The Daily Telegraph, testes de DNA indicaram que Brown também era pai de, pelo menos três filhos ilegítimos. A única identificada foi LaRhonda Pettit (nascida em 1962), uma ex-aeromoça e professora aposentada que vive em Houston.

Morte:

Em 23 de Dezembro de 2006, James Brown, doente, apareceu no escritório do seu dentista em Atlanta, Geórgia várias horas depois do horário marcado para um implante dentário. Durante esta visita, o dentista de Brown observou que ele parecia "muito mal… fraco e tonto". Ao invés de fazer o implante, o dentista recomendou que Brown fosse ao médico imediatamente.
Brown foi ao Hospital Crawford Long na Universidade de Emory em Atlanta em 24 de Dezembro de 2006 para uma avaliação médica de suas condições, e deu entrada neste hospital para observação e tratamento. De acordo com Charles Bobbit, amigo e agente de longa data, Brown tinha estado doente e com tosse desde de seu retorno de uma viagem a Europa em Novembro. Bobbit acrescentou que era característico de Brown nunca contar ou reclamar a alguém sobre estar doente, inclusive durante shows. Embora Brown tivesse cancelado shows em Waterbury (Connecticut) e Englewood, Brown estava confiante que o médico iria dispensá-lo do hospital a tempo de realizar shows na véspera do Ano Novo.
Para as celebrações de Ano Novo, Brown estava agendado para se apresentar no Teatro Count Basie em Nova Jérsei e no B. B. King Blues Club em Nova Iorque, além disso faria uma apresentação ao vivo na CNN no programa especial de fim de Ano de Anderson Cooper. No entanto, Brown permaneceu internado e seu estado de saúde piorou ao longo desse dia.
Em 25 de Dezembro de 2006, Brown morreu aproximadamente a 1:45 da manhã insuficiência cardíaca resultante de complicações da pneumonia, estando ao seu lado, seu agente Frank Copsidas e seu amigo Charles Bobbit. De acordo com Bobbit, Brown proferiu as palavras "Estou indo embora esta noite".

Hip Hop

O hip hop (também referido como hip-hop) é uma cultura artística que iniciou-se durante a década de 1970 nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque.
 Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura hip hop: o rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite. Outros elementos incluem a moda hip hop e as gírias.

Racionais MC's



Racionais MC's é um grupo brasileiro de rap e hip hop alternativo, cuja ideologia é divulgar a desigualdade social e racial no Brasil. As letras de suas músicas falam sobre a realidade das periferias urbanas brasileiras, discutindo sobre o crime, pobreza, preconceito social e racial, drogas e consciência política. Formado por Mano Brown (Pedro Paulo Soares Pereira), Ice Blue (Paulo Eduardo Salvador), Edy Rock (Edivaldo Pereira Alves),KL Jay (Kleber Geraldo Lelis Simões), o grupo teve início em 1988, na cidade de São Paulo.
Usando a linguagem da periferia, com expressões típicas das comunidades pobres com o objetivo de comunicar-se de forma mais eficaz com o público jovem de baixa renda, as letras do grupo fazem um discurso contra a opressão à população marginalizada na periferia e procuram passar uma postura contra a submissão e a miséria. Apesar de atuar essencialmente na periferia paulistana, de não fazer uso de grandes mídias e se recusar a participar de grandes festivais pelo Brasil, o grupo vendeu durante a carreira cerca de 1 milhão de cópias de seus álbuns.


História:


Um dos principais grupos de rap e hip hop brasileiros, os Racionais MC's surgiram no final da década de 1980. A primeira gravação foi feita em 1988, quando o selo Zimbabwe Records lançou a coletânea 'Consciência Black, Vol I. Neste LP, apareceram os dois primeiros sucessos do grupo: "Pânico na Zona Sul" e "Tempos Difíceis". Ambas canções apareceriam dois anos depois em Holocausto Urbano, primeiro disco solo do grupo de rap. No LP, os Racionais MC's denuncia em suas letras o racismo e a miséria na periferia de São Paulo, marcada pela violência e pelo crime. O álbum tornou os Racionais MC's bem conhecidos na periferia paulistana, o grupo fez uma série de shows pela Grande São Paulo. Ainda naquele ano, o conjunto fez dois na Febem.
Em 1991, os Racionais MC's abriram para o show do pioneiro Public Enemy, um dos mais famosos grupos de hip hop americano, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A popularização na periferia de São Paulo fez com que os integrantes dos Racionais MC's passassem a desenvolver trabalhos especialmente voltados para comunidades pobres, dentre os quais um projeto criado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em que o conjunto realizou palestras em escolas sobre drogas, racismo, violência policial, entre outros temas. No final de 1992, foi lançado Escolha seu Caminho, segundo LP do grupo.
No ano seguinte, participaram do projeto "Música Negra em Ação", realizado no Teatro das Nações em São Paulo, e gravaram o disco Raio x Brasil, terceiro disco do conjunto, lançado em uma festa na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, para um público estimado de 10 mil pessoas. Canções deste disco como "Fim de Semana no Parque" e "Homem na Estrada" (ambas de Mano Brown) fizeram grande sucesso em bailes de rap e nas rádios do genêro em todo o país.
Principal atração do Rap no Vale, um concerto de rap realizado no final de 1994, no Vale do Anhangabaú (centro de São Paulo), e que terminou em confusão e quebra-quebra, os membros do grupo foram presos pela polícia sob acusação de incitação à violência - a violência policial é um tema freqüente nas letras do grupo. Ainda naquele ano, a gravadora Zimbabwe lançou a coletânea Racionais MC's.
Populares, os Racionais MC's participaram nos anos seguintes de vários concertos filantrópicos em benefício de HIV positivos, campanhas de agasalho e contra a fome, além de atuarem em protestos como o aniversário da Abolição dos Escravos no Brasil.
No final de 1997, foi lançado o disco Sobrevivendo no Inferno, pelo selo Cosa Nostra (do próprio grupo), que vendeu mais de 1 milhão de cópias. Dentre os grandes sucessos deste álbum estão "Diário de um Detento", "Fórmula Mágica da Paz", "Capítulo 4, Versículo 3" e "Mágico de Oz". Com esse disco, os Racionais MC's deixavam de ser um fenômeno na periferia paulistana para fazer sucesso entre outros grupos sociais. Apesar disso, o grupo adotou uma postura antimídia. Um exemplo notório foi a cerimônia de premiação do Video Music Brasil, da MTV Brasil, quando Mano Brown provocou a plateia presente no evento, ao dizer que a mãe dele já teria lavado a roupa de muitos daqueles "boys", e ressaltou que o público dos Racionais MC's continuaria sendo o da periferia.
Em 2002, o grupo lançou Nada Como um Dia Após o Outro Dia, disco duplo que, assim como seu antecessor, foi bem recebido pela crítica. Entre os maiores sucessos estão "Vida Loka I", "Vida Loka II", "Negro Drama", "Jesus Chorou" e "Estilo Cachorro". Em 2006, o grupo lançou 1000 Trutas, 1000 Tretas, primeiro DVD do grupo. Em 5 de maio de 2007, os Racionais fizeram um show na Virada Cultural de São Paulo, mas os fãs da banda entraram em confronto com os policiais transformando o evento em um campo de batalha. Desde então, a participação de grupos de rap no evento é minúsculo.
Em 2010, a estruturação dos membros dos Racionais foi toda reformulada, com a exceção do vocalista Mano Brown e seu primo Ice Blue. Edi Rock passou a fazer aparições esporádicas nos shows e KL Jay fez parceria com outros rappers. Ocorreu também uma mudança no lírico tratado pelo grupo, que antes era conhecido por suas letras agressivas. A previsão do novo álbum dos Racionais MC's está feita para 2011.

Hip hop dance competition

Jazz

O jazz é uma manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos. Tal manifestação teria surgido por volta do início do século XX na região de Nova Orleães e em suas proximidades, tendo na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.

Ella Fitzgerald


Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz estadunidense. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prêmios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.

Biografia:

Primeiros anos
Nasceu em Newport News, Virgínia, filha William e Temperance "Tempie" Fitzgerald. O casal se separou pouco tempo depois do nascimento da filha, e sua mãe a levou para Yonkers, Nova York, com seu namorado, Joseph Da Silva. A meia-irmã de Ella, Frances Da Silva, nasceu em 1923.
Durante sua juventude Ella queria ser uma dançarina, embora gostasse de ouvir as gravações de jazz de Louis Armstrong, Bing Crosby e The Boswell Sisters. Idolatrava a cantora Connee Boswell, dizendo mais tarde: "Minha mãe trouxe para casa um de seus discos, e me apaixonei por ele....Tentei tanto soar exatamente como ela."
Em 1932 sua mãe morreu, vítima de um infarte. O trauma provocou uma queda brutal no desempenho escolar da garota, que deixou de frequentar as aulas. A um certo ponto chegou a trabalhar como vigia num bordel, e numa casa de apostas do jogo de números (numbers game) filiada à máfia. Após se envolver em problemas com a polícia, acabou sendo presa e enviada a um reformatório, de onde eventualmente fugiu, passando a viver na rua, até ser internada no Asilo de Órfãos de Cor em Riverdale, no Bronx, Nova York.
Fez sua estreia como cantora aos 17 anos, em 21 de novembro de 1934, no Teatro Apollo, no Harlem. Gradualmente conquistou um público semanal no Apollo, e a oportunidade de competir numa das primeiras "Amateur Nights" do teatro. Originalmente pretendia dançar, porém, intimidada pelas Edward Sisters, uma dupla local de dançarinas, optou por cantar no estilo de Connee Boswell. Interpretou "Judy", de Boswell, e "The Object of My Affection", das Boswell Sisters, e conquistou o prêmio principal, de 25 dólares.

Carreira:

Cantando em big bands
Em janeiro de 1935, Fitzgerald conquistou a oportunidade de se apresentar por uma semana com a big band de Tiny Bradshaw, na Harlem Opera House. Lá conheceu o baterista e líder de banda, Chick Webb. Webb já havia contratado o cantor Charlie Linton para trabalhar com a banda e estava, como apontou posteriormente o New York Times, "relutante em contratá-la... porque era desajeitada e malcuidada, um diamante bruto." Webb ofereceu-lhe a oportunidade de fazer um teste com a banda quando tocaram num baile na Universidade de Yale.
Ella começou a cantar regularmente com a Orquestra de Webb por todo o ano de 1935, no Savoy Ballroom, também no Harlem. Gravou diversos sucessos com a banda, incluindo "Love and Kisses" e "(If You Can't Sing It) You'll Have to Swing It (Mr. Paganini)." Foi, no entanto, sua versão de 1938 da canção infantil "A-Tisket, A-Tasket", canção que ela co-compôs, que lhe trouxe uma maior atenção do público.
Chick Webb morreu em 16 de junho de 1939, e sua banda passou a se chamar "Ella Fitzgerald and her Famous Orchestra", com Ella como líder. Fez 150 gravações durante seu período com a orquestra.

Anos finais
Em 1963 a Verve Records foi vendida por três milhões de dólares à MGM, que não renovou o contrato de Fitzgerald. Nos próximos cinco anos ela alternou entre a Atlantic, Capitol e Reprise. Seu material na época havia se distanciado muito do repertório típico de jazz; para a Capitol ela havia gravado Brighten the Corner, um álbum de hinos, Ella Fitzgerald's Christmas, um álbum de canções natalinas tradicionais, Misty Blue, um álbum com influências country and western, e 30 by Ella, uma série de seis medleys gravados apenas para cumprir com suas obrigações contratuais.
Durante este período Ella obteve seu último single nas paradas de sucesso dos Estados Unidos, com uma cover de "Get Ready", de Smokey Robinson, que havia sido um sucesso com The Temptations, e Rare Earth.
O sucesso surpreendente do álbum Jazz at Santa Monica Civic '72, de 1972, fez com que Granz criasse a Pablo Records, sua primeira gravadora desde a venda da Verve. Fitzgerald gravou cerca de 20 álbuns para o selo. Ella in London, gravado ao vivo em 1974 com o pianista Tommy Flanagan, Joe Pass na guitarra, Keter Betts no baixo e Bobby Durham na bateria, é considerado um de seus melhores. Seus anos na Pablo documentaram o declínio de sua voz. De acordo com um biógrafo, "ela frequentemente usava frases mais curtas e mais secas, e sua voz estava mais áspera, com um vibrato mais espaçado". Atormentada por problemas de saúde, Ella fez sua última gravação em 1991, e sua última apresentação ao vivo em 1993.

Vida Pessoal:

Ella Fitzgerald se casou pelo menos duas vezes, e existem evidências de que teria se casado uma terceira vez. Em 1941 casou-se com Benny Kornegay, um traficante de drogas condenado. O casamento foi anulado após dois anos.
Seu segundo casamento, em dezembro de 1947, foi com o famoso contrabaixista Ray Brown, que ela havia conhecido durante a turnê com a banda de Dizzy Gillespie, um ano antes. Juntos eles adotaram um filho de Frances, meia-irmã de Ella, que eles batizaram de Ray Brown, Jr. Com Fitzgerald e Brown quase sempre envolvidos com turnês e gravações, a criança acabou sendo criada por sua tia, Virginia. Fitzgerald e Brown se divorciaram em 1953, devido às diversas pressões pelas quais as carreiras artísticas de ambos passavam no período - embora tenham continuado a se apresentar juntos.
Em julho de 1957, a agência de notícias Reuters informou que Fitzgerald teria se casado em segredo com Thor Einar Larsen, um jovem norueguês, em Oslo. Ella teria até mesmo comprado e decorado um apartamento na cidade, porém o caso foi rapidamente esquecido quando Larsen foi condenado a cinco meses de trabalhos forçados na Suécia por ter roubado dinheiro de uma jovem com a qual ele teria estado envolvido anteriormente.
Fitzgerald era notoriamente tímida. O trompetista Mario Bauza, que tocou com Fitzgerald em seus início de carreira, com Chick Webb, comentou que ela não saía muito, dedicando-se unicamente à sua música e ao trabalho. Mais tarde em sua carreira, quando a Society of Singers lhe homenageou dando o seu nome a um de seus prêmios, Ella comentou: "Não quero dizer a coisa errada, o que eu sempre acabo fazendo. Acho que me saio melhor quando canto."
Já afetada pelos problemas de visão causados pela diabete, Ella Fitzgerald teve suas duas pernas amputadas em 1993. Morreu em 1996, em Beverly Hills, Califórnia, aos 79 anos de idade. Está enterrada no Inglewood Park Cemetery, em Inglewood, também na Califórnia. O material de arquivo da sua longa carreira está armazenado no Centro de Arquivos do Museu Nacional de História Americana, do Smithsonian, enquanto seus arranjos musicais pessoais estão guardados na Biblioteca do Congresso. Sua extensa coleção de receitas foi doada à Biblioteca Schlesinger, da Universidade Harvard, enquanto sua coleção de partituras está na Biblioteca Schoenberg, na UCLA.

Cinema e Televisão:

Em seu papel de maior destaque no cinema, Ella interpretou a cantora Maggie Jackson, no filme de jazz de Jack Webb, Pete Kelly's Blues, rodado em 1955. O filme também contou com a atriz Janet Leigh e a cantora Peggy Lee. Embora já tivesse trabalhado em outros filmes anteriormente (havia cantado rapidamente no filme Ride 'Em Cowboy, dos humoristas Abbott e Costello, de 1942), ela teria ficado "encantada" quando Norman Granz negociou o papel por ela, e, "na época... teria considerado seu papel no filme da Warner Brothers como a maior coisa que já lhe tinha acontecido." Segundo o crítico que comentou sobre o filme para o New York Times em agosto de 1955, "cerca de cinco minutos (de noventa e cinco) deste filme sugerem o que ele poderia ter sido. Pegue o ingênuo prólogo... ou as cenas rápidas nas quais a maravilhosa Ella Fitzgerald, a quem foram concedidas algumas poucas falas, enche a tela e a trilha sonora com suas fortes características expressivas e com sua voz."
Assim como outra cantora de jazz, Lena Horne, o fato de ser negra impediu que Fitzgerald estrelasse algum grande sucesso de bilheteria. Depois de Pete Kelly's Blues ela fez aparições esporádicas em filmes como St. Louis Blues (1958) e Let No Man Write My Epitaph (1960). Bem mais tarde, apareceu no drama televisivo The White Shadow, durante a década de 1980.
Também teve diversas aparições como convidada em programas de televisão, cantando no Frank Sinatra Show, juntamente com Nat King Cole, Dean Martin, Mel Tormé e muitos outros. Talvez sua performance mais atípica e intrigante tenha sido a da canção 'Three Little Maids', da opereta cômica The Mikado, de Gilbert e Sullivan, ao lado da cantora lírica Joan Sutherland e de Dinah Shore, no programa semanal de Shore, em 1963. Ella também apareceu uma vez ao lado de Sarah Vaughan e Pearl Bailey num especial para a televisão de 1979 em homenagem a Bailey.
Ella Fitzgerald apareceu em diversos anúncios publicitários na televisão, dos quais o mais célebre foi para a empresa Memorex, no qual ela cantava uma nota que quebrava um vidro enquanto era registrado num gravador Memorex; a fita então era executada e a gravação também quebrava o vidro, com a pergunta: "é ao vivo, ou é Memorex" ("Is it live, or is it Memorex?"). Também apareceu em diversos comerciais para a rede de fast-food Kentucky Fried Chicken, cantando e fazendo scat em cima do slogan da cadeia, "We do chicken right!"
Sua última campanha publicitária foi para a American Express, na qual ela foi fotografada por Annie Leibovitz.